Um Ser de Luz (2009)
Em
meio à verdejante planície,
Vejo
um girassol.
Dotado
de uma singular beleza,
Faz
este seu caminho habitual:
Sempre
mirando o sol está.
Procura
a luz, deseja a luz;
Não
sabe ele que, em si, já a traz?
Sim,
deveras a possui!
Sobre
a grama, uma beleza sem igual;
Um
brilhar áureo sobre a verde relva.
Um
Ser ou Não-Ser, sem bem ou mal.
Por
que de girassóis este poema fala?
Será
simples metáfora o que minha mente produz?
Se
queria flores, por que não orquídeas? Por que assim o fiz?
De
certo, não só de flores é o meu caminho
Nem
o do girassol só o sol...
Mas
ele o busca, ele o clama;
Faz
dele uma questão existencial:
É
o que o faz viver, seguir sem pressa...
E
tu? Tu és a flor que o meu caminho conduz;
Tu,
como o girassol, trazes o belo e a paz.
És
tu o girassol metafórico!
Lindo
e inalcançável;
Cheia
de graça, és Ana!
Bela
e admirável.
Eis
o que o meu poema canta:
O
belo-em-si, será este fugaz?
O
teu existir que a tudo compraz.
Quantos
já deixaste a sonhar,
Com
teu olhar, com teu amor, afinal?
Rivas!
não és tantas és uma,
Uma,
como a flor, com teu perfume e mel.
Embora
presa à Terra, em liberdade segues a vida;
Não
ficaste atada pela raiz.
Tu
és uma flor, o Girassol que a todos seduz.
Para
Ana R.