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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Poema Vazio (2009)

  Ana ou Juliana? Ah! Rivas... Duas belezas Duas incertezas Nenhuma, uma, duas!   Nada! tudo é vão Para mim: solidão! Sem alegria e sem amor, Com uísque, sem calor...   Tenho a poesia; Ó minha musa, Deixaste-a vazia?   Sem minha musa, Continuo a escrever, Mas não a espero rever.

A Volta do Pescador (2008-09)

  Amor, de volta aqui estou À mesma praia, ao mesmo mar Para recordar como fui feliz, Quando estavas ao meu lado.   Tínhamos tudo, éramos felizes; Hoje estou triste, pois tu, amada, Foste embora: cansaste do mar E de me esperar...   Fiquei sozinho a navegar Neste mar de solidão Que é a vida, assim, Sem ti, amada.   Ainda tenho o violão e a rede, Para me consolar, dia e noite Sob o luar e o sol do novo dia, Enquanto espero a tua volta, amada.   Teus passos não pude acompanhar No salão não me encontrava Sou do mar e para sempre serei Ganho a vida pescando...   Mas, todos os dias, ao cair da noite, Lindos, tristes cantos entoarei, Esperando-te, sonhando com mais uma dança, a nossa última valsa...   Obs.: Continuação da canção  Amor de Pescador.

Poema Blues (2009)

  Minha garota se foi I feel so blue. Foi e fiquei só It can´t be true! Só… e só estou What can I do?   Where are you? Sempre me pergunto I cry and cry too… Existe uma certeza Do you have a clue? Solidão, apenas solidão pra mim...

Palavras ao Vento (2009)

  Letras, letras, por que as quero? Pequenos símbolos sem valor em si; Que, sozinhos, de nada valem, ou pouco valem... Por que as tenho, então?   Ora, eis porque as amo A resposta está aqui, Nos simples versos que lêem... Vejam, nada é em vão!   Aos poucos, juntas estão, Letras que de mim saem Lembro o que aprendi Não neste, em algum ano.   Não podem ser uma prisão Com asas elas sobem, Como pássaros livres por aí, E voam em mais um sonho.

A Bela do Mar (2009)

  Eis que, por entre as mansas águas, surge a bela do mar!   Quem dera seu nome fosse: Marina Marinho, Marina Morena, Morena do Mar...   Mas é Clara! Sim, Clara Marinho a bela do mar, do mar de Cabo Frio!   Tão Clara que, quando vem à superfície, faz o sol brilhar em vão; torna opaco o mar...   Sorrindo, vem de mansinho; seu Ser, como um clarão, sai, sai do mar; Será uma miragem coisa tão linda?   Com seu corpo molhado, vem caminhando, no compasso das ondas. É a bela, mais bela do mar!   Para Clara M.

Bobinho (2009)

  Ana Rivas Rivas Ana Rivas Rivas Ana Rivas, Como podes ser tão Rivas e, ao mesmo tempo, tão Ana? Por Ana, a muitas chamo; Mas Rivas, ah! Rivas, só a ti. Para Ana R.

Arrasando Corações (2009)

  Eis que, por entre cutucadas e balanços, surgiu a garota. Do nada? Que nada! De alguém ela veio atrás! Daquele que passa, Que passa e atrai, e cai em seus braços...   Lembrou o momento e, sem arrependimento, correu a seu intento... A garota atrevida, sem medo ou pudor, quer o que aviva... E tu? Estás preparado, caro amigo?   Caso não, nem o precisas: vive a vida! Enfrenta o desconhecido, a chama que anima; Com dedicação e afeto, tudo dará certo!   Vai em frente, nobre companheiro; Se assim o desejares, o encontro de olhares há de acabar num milhão de amores...   Para Marcelo C.

Algo a mais... (2009)

  Ana, Qual uma chama Que brilha ao olhar Você me apareceu, Como o luar Que rompe as trevas E traz a luz... Para Ana R.

A Bailarina (2009)

  Parte I Aproxima-se o momento! 10... 9... Suas mãos transpiram Suas pernas cambaleiam, Seu coração bate mais forte... 8... 7... TUM, TUM, o coração... 6... 5... Ofegante, tensa, amedrontada, mas confiante; o que mais resta? Não há tempo... Não há tempo... 4... 3... Vem o delírio, não! 2... 1... Abrem-se as cortinas, oh! Acende-se a luz-em-foco, E eis que surge a bela bailarina.     Parte II Como que por um inexplicável impulso   -- Como aquele que liberta e faz com que o “antes-preso” saia da caverna rumo à Luz do lado de fora. --, Sai a bailar, a dançar... Num momento feérico: Quando não há o amanhã, E o depois, ah! o depois, é algo distante, que não vem... Mostrando a que veio, sente-se bem. Mas o momento é efêmero, ilusório talvez: Minutos passam por séculos e séculos em minutos... Por fim, tudo volta ao normal; Porém, fica a lembrança do que se passou, Enquanto um piano, Sim, um solitário piano ao canto,

Luma (2009)

  Luma, Luma, Quem dera a lua para iluminar a face tua Quem dera o céu para clarear o dia teu, ou o mar para acalmar o pensamento teu... Mas como, se destes roubaste o brilho e a cor? Roubaste e guardaste em um simples e belo olhar.   Para minha prima Luma.  

Um Ser de Luz (2009)

  Em meio à verdejante planície, Vejo um girassol. Dotado de uma singular beleza, Faz este seu caminho habitual: Sempre mirando o sol está. Procura a luz, deseja a luz; Não sabe ele que, em si, já a traz?   Sim, deveras a possui! Sobre a grama, uma beleza sem igual; Um brilhar áureo sobre a verde relva. Um Ser ou Não-Ser, sem bem ou mal. Por que de girassóis este poema fala? Será simples metáfora o que minha mente produz? Se queria flores, por que não orquídeas? Por que assim o fiz?   De certo, não só de flores é o meu caminho Nem o do girassol só o sol... Mas ele o busca, ele o clama; Faz dele uma questão existencial: É o que o faz viver, seguir sem pressa... E tu? Tu és a flor que o meu caminho conduz; Tu, como o girassol, trazes o belo e a paz.   És tu o girassol metafórico! Lindo e inalcançável; Cheia de graça, és Ana! Bela e admirável. Eis o que o meu poema canta: O belo-em-si, será este fugaz? O teu existir que a tudo co

Tu & Você (2008)

  Tu     Vieste assim sem mais Breve como o dia Serena como a noite, Deixaste-me aflito. Quiseste amor? Fizeste-me amar, Mil vezes amar; O amor eterno De um simples momento De uma só vez.     Você     Você que chegou Você que se foi Você que não veio, e nem sequer existiu... Onde estará você que eu procuro? Perco-me em pensamentos tolos Meus olhos a buscam aflitos Nem sinto o tempo passar Devaneios, devaneios, devaneios... Vejo uma luz! Aonde quero chegar?

Rimadinho (2008)

  Eu disse, ela é a tal, Cujo olhar fatal Foi-me letal. E que, sem se sentir mal, Acabou com o meu capital E fugiu pro Senegal. Fiquei preso em Portugal; Vôo mais barato, não sabia qual!   Ela se foi, assim, sem mais; Pensei, não voltará jamais! E eu ali naquele cais, Sem saber o que fazer, Sem ter o que comer ou beber; Ainda era cedo pra morrer!   Resolvi, então, alugar um barco. Por falta de dinheiro, cheguei a nado; Na costa africana, fui atrás da minha amada, Mesmo que isso não me levasse a nada.   Andei, corri, nadei -- pura ilusão! Queria minha amada, bastava de solidão!

Poema em Valsa (2008)

  Linda menina, aceite esta rosa Dê-me sua mão, e vamos dançar Venha sem pressa Venha sem medo Se não souber, siga meus passos: Um, dois e três; um, dois e três... No salão, só mais dois a rodar... lará, lará, larirarará; lará, lará, larirarará...   Valsando, valsando, valsando, enquanto a noite durar... Valsando, valsando, valsando, sem o amanhã esperar...   A noite está calma, um bem para a alma Eu e você, num eterno sonhar Junto à valsa que fala de amor, do amor que eu sinto, e você... você também sente, diga-me: Sim, talvez, quem sabe?... Então, venha, venha sem pressa... lará, lará, larirarará; lará, lará, larirarará...   Valsando, valsando, valsando, enquanto a noite durar... Valsando, valsando, valsando, sem o amanhã esperar...

Poema do amor que ficou (2008)

  Sob o luar estamos nós À beira-mar seguimos sós Seguimos sem rumo, À simples deriva, caminhamos.   Vamos em frente, sempre em frente vamos!   Iremos aonde chegarmos, Aonde nos levarem nossos sonhos... A noite é serena, fresca como a brisa; Ondas morrem em nossos pés descalços.   Que noite, que vida, puro romance; paz e amor!   No céu, só a lua a brilhar Na terra, apenas o brilho do teu olhar. Olhos, de tão lindos, perdem-se no horizonte Os procuro sem cessar, entre o céu e o mar.   Um sorriso, um piscar de olhos... um beijo!   Quando estás ao meu lado, Nem o passar do tempo sinto. É como se a noite não... Não fosse ter fim, como em um sonho.   Ó sol, não venha agora, demore, demore, demore mais...   Bela noite, não vá embora! Em simples luzes, não se desfaça. Pois assim, meu amor vai de mim. Não me abandone, nobre lua!   Que tarde o amanhecer, o alvorecer, enfim...

Fatal (2008)

  Encontrei uma garota numa mesa de bar Ela bebia e fumava, com um rosto triste; Logo pensei: “como é linda!” Mesmo sem conhecê-la, resolvi tentar; Aproximei-me e convidei-a pra dançar. A bela moça me olhou como se risse. A música começou, e a garota nada! Insisti: “venha pequena, vamos dançar...”   Que sorriso, que olhar Ela se levantou e fomos juntos. Ficamos o mais próximo do palco. Era uma Jazz Nigth ; Logo entramos no clima do Swing . Dançamos, até a música se acalmar. Abraçamo-nos e assim ficamos, Quando o som ficou mais lento.   Terminada a música, mas não a noite, Todos voltaram às suas mesas; Fui logo pegar uma bebida no balcão. Mas quando voltei, ela não estava: Nem havia esperado o champanhe! Disse-me o garçom: “saiu às pressas.” E lá estava eu, de volta à solidão, Pois meu amor tinha ido embora.

Espera! (2008)

  Meu bem, não vás embora! Volta, ó moça que passa! Não sumas agora! Espera, vou ao teu encontro... Nem sabes quem sou, Mas sei quem tu és...

De Manhã (2008)

  Ao cantar dos pássaros, acordei O sol batia em meu rosto; Estava só! E tu que sonhei? Sentia a brisa e um leve desgosto.   Que bela manhã eu vi, O céu remetia teu olhar; Olhar azul que eu perdi Sem saber, ao acordar.   Sobre a janela apoiado, Via a vida que passava Em cenas, quadro a quadro, Mero recorte de onde estava.   Percebi, estava estanque, Sem vida, criando raízes; Pensando, pensando em quê? Em sair, muitas vezes.

Acalanto (2008)

  Dorme, meu amor, Pois estou ao teu lado; Venha o que vier, Serei sempre o teu amado. Lembra-te dos versos que cantei. Dorme em paz... Nunca te abandonarei! Sente o bem que a noite traz.

A moça que passa (2008)

  Lá vem ela de novo É a moça que passa Com seus cabelos ao vento É a moça mais linda! Com um sorriso no rosto A cada dia mais bela!   Quanta beleza em seu andar Quanto mistério no seu olhar!   Ela vem passo por passo Como no primeiro dia Não me é de consolo, Mas me encanta. Com os olhos sempre a sigo, Mesmo que ela não saiba.   Quanta beleza em seu andar Quanto mistério no seu olhar!

Vai de Samba! (2007)

  Eu sei, sei que ainda hei de ver O malandro descendo o morro outra vez Camisa listrada, chapéu branco, com um pandeiro e um violão...   Vai cantar o que passou, no bar Sobre a moça e seu olhar Dos beijos e abraços Sobre o amor e o luar Sobre a vida e o sonhar   Fale quem quiser falar, Mas ele vai de samba, sim! Meu amor, ele vai de samba... Ele vai de samba!...   Vai de Samba!   O samba não morreu, o samba não acabou Só está esperando o momento certo pra voltar O violão não se calou, e o amor não perdeu A flor ainda não murchou, e a rapaziada vai voltar...   Vai cantar o que passou, no bar Sobre a moça e seu olhar Dos beijos e abraços Sobre o amor e o luar Sobre a vida e o sonhar   Fale quem quiser falar, Mas ele vai de samba, sim! Meu amor, ele vai de samba... Ele vai de samba!...   Vai de Samba!   O morro quer sambar, quer um samba bom Que fale de amor, da moça e do violão Que fale de dor, o lamento que emb

Um simples poema a uma mulher (2007)

  Vem a onda e traz a concha Vem a moça e traz a si Vai a onda e leva a concha Vai a moça e leva o meu amor.   Volta a onda e traz o mar Volta a moça e nada me traz. Ó moça, tu que andas pela praia, Aqui estou, não me vês?   O que sei sobre a moça que anda pela praia? Apenas sei que é bonita, que gosta do mar. Quando ela passa, fico feliz só por poder vê-la.   Seu nome, não sei; o que pensa, não sei; Do que gosta, não sei; se gosta de mim, não sei. Será que devo saber?   Devo arriscar perder toda a ilusão E perguntar se é possível, Se é possível que, algum dia, possamos ficar juntos?   E se ela não me quiser, o que farei? Só saberei se tentar, Ou será que prefiro viver na eterna dúvida?   Mas, quando esta moça passa, Com os olhos a sigo, Com o pensamento a acompanho...   Seu sorriso é como o luar que cai sobre o breu da noite Seus olhos, ah! seus olhos azuis, são lindos, Lindos como o pôr-do-sol à beira-mar.   É tão li

Poema Triste (2007)

  Estou só, estou triste, Mas não desisto e sigo em frente. Procuro um amor Para acabar com a minha dor.   Onde ela pode estar? Qual será o seu nome? Será que vai me amar?   Certo dia, a encontrei E o meu amor lhe entreguei, Sem nada dela receber.   Não! volte, meu bem Não faça assim Não fuja de mim...   Eu a amei... Ela se foi... Estou só, estou triste.

Lamento (2007)

  Quantas dores, Dolores São dores de amor: Do amor que se foi, para não mais voltar... Do amor que não veio, mas existiu, em pensamento... São dores, Duran, dores que duram... Como não cantar estas dores? Como esquecer os amores? Afinal, não há vida sem amor ou dor. Como você, estou só, sem meu amor, só a olhar... Penso, ela não me quer – nem me espanto! Meus versos não deram em nada, mas ela é linda e meus olhos a procuram.   Para Dolores Duran.

Canto Triste (2007)

  Você foi embora, sem dizer adeus Só encontrei consolo no meu violão. Como poderei viver sem os carinhos seus Sem saber, compus este samba-canção.   Será que foi por causa da boemia? Pode ser, mas volte amada mia! Sou da noite, do bar e do violão Mas foi a você que entreguei meu coração.   Quando começo a cantar procuro o seu olhar Mas lá você não está... o bar parece vazio sem você a me acompanhar... A noite se alonga, meu amor não veio...   Por entre palmas e brindes, saio a vagar pelas ruas desertas, pensando em lhe encontrar, numa esquina qualquer a me esperar... pronta para amar à luz do luar...    Letra de música: Samba-Canção.

Boemia (2007)

  Não sei se é meu destino, minha sina ou alegria Mas é pra boemia que eu vou Vou pegar meu chapéu e violão e sair pela noite a cantar... Todos os dias, em cada bar, em cada esquina vou cantar até o sol raiar... Entoarei lindas canções que, por sua beleza, eternizaram-se em vozes imortais...   Viva a noite, viva a boa música, viva aos poetas e músicos, aos intérpretes e apreciadores... Salve Noel, Chico e Vinicius! Salve o amor! Salve a MPB!   Salve a boemia!...   Vou mostrar pra essa gente de hoje que a boa música não envelhece nunca ela se renova a cada dia, a cada voz, a cada ouvido... sem jamais perder a sua razão, a sua arte... E quem sabe, numa dessas noites de luar, o meu amor eu vou encontrar... ela sentada numa mesa de bar e eu no palco a cantar...   Viva a noite, viva a boa música, viva aos poetas e músicos, aos intérpretes e apreciadores... Salve Noel, Chico e Vinicius! Salve o amor! Salve a MPB!   Salve a boemia!...   Letra de