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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

A Visão (12/01/2011)

  Como é bela esta que vejo! Que ao passar, rouba-me o olhar E me deixa a sonhar Entre o amor e o desejo:   Quero o seu corpo sentir, Tocar seus quadris, sua cintura fina... Seus seios fartos, em seus braços dormir... Quero me perder em seus olhos... em seus lábios...   Ah! doce sensação ou desejo vão!...

Voa! (2010)

  Voa! Voa, meu amor Voa mais! Voa sem pudor! Voa, voa mais! Com teu corpo nu, belo cisne Voa, voa leve... voa longe... Feito anjo... voa... Voa livre... voa bela... Vai bem alto, minha amada Que eu te sigo em caminhada... Pelos caminhos infinitos Estaremos sempre unidos. Voa, voa mais... muito mais!... Voa!

Um Anjo (2010)

“Ai, quem me dera ser o ar Que ao menos roça os lábios teus E te beijar mais um adeus.“  - Canção do amor ausente,  Vinicius de Moraes  & Baden Powell.     Ah... A garota que o tempo guardou... Um anjo repleto de amor... Magnífica criatura, delicada e pura... Doce presença de tempos passados...   Ah... Ao poeta que contigo sonhou, Quem dera viver este amor! Unir a alma à tua E dançar nos palcos alados...   Ah... De olhar distante, vais adiante Teu limite, o horizonte... Escuta meu apelo, o meu verso bandido! Leva-me em tuas asas, meu anjo lindo!   Ah... A ti canto e escrevo, como eterno amante Por ti, ao luar, espero, como poeta errante... Meu andar é só, como o de um vagabundo Que em sonho percorre o mundo!   Para Marina L.

Queres um Samba? (2010)

  Mariana, que mandas? Queres um samba feito só para ti? Um samba com classe, no molde da arte de Chico ou Paulinho? Um batuque de bamba, no alto do morro, com direito a cuíca e cabrocha, que envolva a cidade? Chora cuíca, chora cavaquinho... Chora o choro que não é samba é choro. Chora violão e chora canção, coração que diz não. Queres um samba Samba de verdade (com “s” maiúsculo), Para cantar e dançar na Mangueira e na Vila, Vestida de Rosa e Cartola? Hum... talvez algo mais caseiro, do tempo dos escravos... Um batuque na cozinha, quem sabe? Mas, vou logo avisando, menina falou que Sinhá não gosta! Ah, já sei, então! Um samba rouco, falado errado, bem italianado, lá da cidade: Brás, Bexiga e Barra Funda? Não! nada de cidade; melhor seria o sossego da rede, o mar e a areia: vai lá, Caymmi! Mulata mexendo as cadeiras... Malandro, sapato branco e chapéu, batucando a caixinha... Festas na rua, enquanto houver lua. Um samba para ser entoado co

Puro Devaneio (2010)

  Ah... Como é lindo! Já posso ouvir o doce cantar das sereias! Que bela melodia esta que me domina o espírito, que me envolve o ser...   (Ouso me aproximar, para melhor ouvir) O que cantam, ó maravilhosas criaturas?   (Mais próximo estou) Não! não pode ser... Não, não era isso que, de longe, pareciam entoar!   “Para ti, o amor não vai chegar Nem um sorriso, abraço ou olhar; Nada em ti hás de abarcar Senão a dor do solitário navegar. Nem voltar podes tu Nem fugir podes tu Tu só podes é lamentar Ou morrer ou sonhar...” Ah... Não creio! Em bocas tão divinas, tão cruéis palavras? Oh, lábios infectos! Mais vale contemplar a lua, o céu e as estrelas... Escutar o mar e alcançar a terra. Fim.

Procura-se (2010)

  Procuro uma garota assim: Que goste de mim, sim, Do jeito que sou...   Quero uma garota com encanto, Que me ame e queira bem E eu a ela tanto quanto.   Nem ao céu e nem a terra, Desejo apenas: seja ela, Como deva e queira ser.

Para alguém em algum lugar (2010)

  Queria ser um seresteiro Cantar à lua à noite inteira Para que alguém em algum lugar Pudesse vir a me escutar...   Não sei viver de outro jeito; Sinto o mundo já desfeito. Derramo lágrimas, dói o peito!   Abro a janela e grito ao vento: Se ao vento me escutas   - bem sei que me escutas! -, Sai à rua, vem me ver...

O Ser e o Existir (2010)

  Eu sou A pedra existe; Eu nasço, faço e parto Enquanto a pedra permanece, e talvez algum se desfaça. Contenta-se a pedra em existir apenas enquanto pedra? Fechada em si mesma, estática, sem vida... Julgo-me melhor do que uma pedra pelo simples fato de não estar fadado, preso a um existir-em-si-mesmo, sem ambição ou motivação? De que serviria, a uma pedra, o que sei ou intento? De nada, absolutamente nada serviria!

O Desejo (2010)

  Oh! pura sensação carnal Não, não é banal é humana, Deveras humana, o contato, a vontade de abraçar, de beijar, de possuir, Ah! Meu Deus, Meu Deus, que fazer? É incontrolável! É algo que me domina...   Ah! quero tocar-te o corpo; Com suavidade, quero abraçar-te e, delicadamente, descer minhas mãos até a tua cintura tocar, acariciar... Enquanto nos beijamos, Quero apalpar-te a cintura, as nádegas - Oh! que belas nádegas, tão macias, tão firmes... – Como são deliciosos os teus lábios, a boca úmida, o beijo ardente... E estes seios? que me tocam o corpo, fartos, firmes... - posso senti-los eriçar.... – num carinhoso movimento estamos nós....   Sobem-me todos os desejos, todos os meus sonhos mais ocultos vem à tona; E tu? Sente-te da mesma forma? Ah! pura sensação carnal, Lasciva, pecadora...! Não, não é banal, é humana! Muito humana!...   Minhas mãos entre a tua barriguinha perfeita e as tuas nádegas... carícias sem fim... mara

23/08/2010 (2010)

  Tudo é efêmero, menos a solidão. Meu Ser está vazio de alma Perdi a razão e a calma. Só me resta a lembrança do passado, Como consolo de um presente detestado. Ah... a solidão... a solidão...

No mais profundo (2010)

  Mergulhando, Indo mais e mais ao fundo, Na mente humana. Ó maravilhosa complexidade! A mente que mente, que engana A mente que sente e esconde e ama A mente que aprende, apreende, resolve e desenvolve – a mente que cria? – Nesta tanto há que não a compreendemos por inteiro: Sonhos, desejos, sentimentos, sensações, atos falhos e mais e mais... Traumas passados que podem gerar (ou ter gerado) medos ou dificuldades futuras ou presentes... – muito mais... – Cuidado! não vá se perder em si. Por meio de Freuds, Lacans, Jungs e muitos outros, novos ou não, Um entendimento é buscado, uma explicação é proposta; Desvios de padrão? O não adequar-se a... , ou o não parecer com... Faz de um indivíduo louco? Diferentemente louco ou apenas diferente? Existe um padrão pré-estabelecido? Somos nós moral e socialmente normalizados? Bem o tentam... Mas, não, não o somos! Somos diferentes, únicos: Uma unidade disforme e singular; Uma massa diversa que vive

Lola (2010)

  Lola, a flor proibida No jardim, a mais querida; Quero ver-te desabrochar num sorriso Quero sentir-te em mim o perfume.   Oh, coisa linda! A flor menina Não deves ser colhida, nem possuída; Deves ser vista, e admirada, e amada...   Tão meiga, tão doce, tão pura! Lola-flor... Ah... enche-me de alegria ver-te assim: cor morena... formosa... cheia de vida... de amor...   Para Carolina S. R., a Lola.  

Liberdade! (2010)

Imagem
  Quando amanhece, antes mesmo do sol nascer, Eles surgem, ele surge, o pássaro veloz... Dentre as brancas nuvens, rasgando-as, furando-as, numa manhã azul...   Sobrevoa o mar Sobrevoa os desertos Sobrevoa desertos e planícies... - tão belo é tudo! – Repousa sobre os campos floridos; Sente os perfumes das flores, maravilha-se com suas cores...   Parte rumo à cidade (o mundo de concreto...) - acha-a bela também! Uma beleza diferente... – Desvia de edifícios, casas e postes; observa as gentes que passam... - grande é a vida! – Num mesmo edifício, repara as pessoas em seus cotidianos; Cada qual com sua vida, seu ideal, sua sorte...   Em certa sacada, vê, preso a uma gaiola, dependurada num gancho de metal, outro pássaro a piar... Com um cantar forte, porém triste, Lembrando, assim, o blues dos pretos trazidos para o novo mundo...   Sem muito mais poder fazer, pousa ao lado de seu companheiro de espécie... E põe-se a piar também... os

Le Temps (2010)

  Le temps passe et je suis ici Le temps passera et je serai encore ici. Le temps qui est passé n´est pas mon passé: Mon passé est à moi, le temps non... Le temps est la vie, et la vie passe comme le vent... Très vite va la vie, très inaperçu passe le temps.

Existência (2010)

  Existência! Por que existe algo e não existe nada? Como seria se nada houvesse? Seria tudo branco, preto, um mero vazio? Nada, não seria nada.

Ao Poeta Iluminado (Tacito) (2010)

  Parte I Ó meu poeta iluminado, Por que sofres assim? Não é da vida a dor algo destinado; Nem o amor, em si, um fim...   Tu a amaste Desde o princípio a amaste... E a amaste tanto, no desejo vão, quanto hoje, quando ela diz não!   Ah... poeta amigo, O amor é a chama que devora! Não percas a cabeça! Ouve o que te digo! A mim, a ti, a todos devora...   O Céu é para os de coração puro. No Reino Celeste, só Cristo é o juiz; Sendo assim, não abandones esta Luz; Ela te guia e te traça rumo certo e seguro.     Parte II Não te vás, poeta sofredor! Perdido nas teias do amor. Um labirinto de esperança e horror é a teia que te prende em dor...   Morto o peito como a flor no inverno Resta a esperança de uma nova primavera: O renascer do sol numa nova era; O desabrochar da flor noutro campo sereno...   Perdeste a razão em prol do coração Perdeste o coração por uma paixão. Por este amor que julgas supremo, na vida chegaste ao e

Ah... (2010)

  Renata, Na regata cheguei atrasado; O mar encontrei em plena ressaca. Não tinha como – a nado? Não sabia como chegar... Não era lá que eu devia estar! Tão distante... tão distante estavas... E estás... E sempre estarás... Onde estavas? Onde estás?   Para Renata Q.

A Voz (2010)

  "Maravilhas fez conosco o Senhor, Exultemos de alegria”, diz o salmo; Maravilhas fez contigo o Senhor, Ao dotar-te de tão bela e doce voz, eu afirmo.   Aos domingos quando cantas, o meu ser se extasia Meus ouvidos seguem firmes, sem perder a melodia. Canta, canta mais o canto teu! Canta, canta a Deus no alto céu!   Noutros tempos, entre os gregos, Dir-te-iam, e com razão: "És a filha de Zeus, és Euterpe em ação!” Uma musa feita mulher, para aqueles gregos...   Para Gisele Z.,   a Voz d´O Sagrado Coração de Jesus .

A Janela (2010)

  Devo eu atravessar a janela? Hum... Faz um dia lindo lá fora... O sol, os pássaros a cantar... As pessoas que vêm e vão... E eu aqui, fechado e só! Sonhando só, vivendo só... Só, sem amor.   Devo eu atravessar a janela? Hum... talvez outro dia... Noutro dia de sol... Quando, novamente, os pássaros estiverem a cantar E as pessoas a passar E eu parar de só sonhar E começar a viver Fora de mim e do meu espaço.   Como sair de mim, sem me perder ou esquecer? Como ser outro e não eu, dentro ou fora de mim? Devo eu atravessar a janela? Sim, mas não hoje... Nem amanhã ou depois de amanhã... Um dia, quem sabe...

A Flor (2010)

  Juliana, De todos o olhar atrais, Quando passas e vais... Vais teu caminho, vais tua vida...   Na imensidão, és uma flor; Não uma flor qualquer, Mas a flor-menina, a flor-mulher...   A cada passo, mais bela é a flor! Ah... a flor... a flor... o amor...   Para Juliana Silveira.

A Bela (2010)

  A bela, a flor, o amor... Eu, a solidão contemplativa; Que ela não seja infinita!

À Amada (2010)

  Tu és minha amada, outra assim não há Pela madrugada, saio a procurar... Onde estás, meu bem? Preciso te encontrar! Quero te abraçar, beijar e depois adormecer... Ouve o meu lamento a ti Esquece o sofrimento em mim Dá-me logo tua mão e comecemos a amar... Pois nesta vida, além do amor, Nada existe, exceto a dor.

O Belo (2010)

  Um sorriso e um olhar Pequenos, simples gestos; De tão simples, mais belos não há.   Vejo no simples a beleza; Onde mais ela poderia estar? De certo, só no que vejo, no que vemos...   Sim, a beleza vem do olhar: Do meu olhar, dos teus olhos; Do que vejo e acho belo, e de mais nada.   Como algo pode ser belo sem estar à vista? Belo em si e para si? Belo sem ser? Ah... não seja a beleza o que falte a nós!  

Suspiros de um poeta solitário (2009)

  Ah... Feliz Aquele que tem Nos teus braços A sua morada; Nos teus lábios A boca beijada; No teu corpo A pessoa amada; No teu sorriso A coisa adorada; Nos teus olhos A busca findada; No teu pensamento A paixão sonhada. Ah... Diz! E esse amor que não vem?

Serenata (2009)

  Querida, vem ver a lua; Já é noite, chega de dor. Dá-me a mão, vamos à rua; Não receies, sem temor.   A ti canto sem saber Se amor há de haver Ou se o sonho vai morrer...

Sem Parar (2009)

  Loucos Cantam Cantos Loucos Loucos Cantam Cantos Loucos Cantos Loucos Cantam Loucos Loucos Cantam Loucos Quantos Loucos Tantos Cantos Quantos Cantos Tantos Loucos Todos Cantos Todos Loucos Que Cantam Cantos Loucos Loucos Cantos Cantam... Cantei!

Por quê? (2009)

  Onde estão os olhos azuis? Não foram à Colação... Que falta fizeram esses alhos azuis! Fiquei sem aquela sensação, a do coração...   Todos, sem alguns, não são todos! São alguns e nunca todos...   Por que perdeu esse momento único? Eu, que sou o fechado e calado, fui! Qual a razão? Por que não foi? Simples sentimento pudico?   Não! não me cabe saber Nem ao menos dizer que senti sua falta.   Mesmo distante, neste ou naquele instante, ora, ainda mais e mais distante agora do que antes... Para Ana R.

Reposta (2009)

  De que serve o belo,  Sem alguém para vê-lo? Devo ir além, muito além, Se quiser encontrar o meu bem!   Entre suspiros e delírios, O romance chegará ao seu fim. O romance lido e sem lírios; A Demanda acabará, enfim.   Enquanto o romance, Que sonho e não vivo, Passará num relance, Vão e instintivo.   Ó meu poeta iluminado, Com o fogo e o fado, A poesia e as rimas,  Serei só... sem Rivas!  Para Paulo B.