O Desejo (2010)

 

Oh! pura sensação carnal

Não, não é banal é humana,

Deveras humana, o contato,

a vontade de abraçar, de beijar,

de possuir, Ah! Meu Deus,

Meu Deus, que fazer?

É incontrolável!

É algo que me domina...

 

Ah! quero tocar-te o corpo;

Com suavidade, quero abraçar-te e,

delicadamente, descer minhas mãos até

a tua cintura tocar, acariciar...

Enquanto nos beijamos,

Quero apalpar-te a cintura, as nádegas

- Oh! que belas nádegas, tão macias, tão firmes... –

Como são deliciosos os teus lábios, a boca úmida, o beijo ardente...

E estes seios? que me tocam o corpo, fartos, firmes...

- posso senti-los eriçar.... –

num carinhoso movimento estamos nós....

 

Sobem-me todos os desejos, todos os meus sonhos mais ocultos vem à tona;

E tu? Sente-te da mesma forma?

Ah! pura sensação carnal,

Lasciva, pecadora...!

Não, não é banal, é humana!

Muito humana!...

 

Minhas mãos entre a tua barriguinha perfeita e as tuas nádegas...

carícias sem fim...

maravilhosa... deliciosa...!...

Ah, quero possuir-te toda!

Seremos apenas um, neste eterno prazer...

 

Meu Deus, Meu Deus, que fazer?

É incontrolável!

 

Esse sorriso, essa voz, essas curvas e contornos...

Tua face delicada, bem traçada, qual anjo...

Tudo isso, e muito mais, aflora os meus instintos...

O que tenho de mais animal, de mais feroz e carnívoro

- sou um monstro! um animal faminto, sedento, pronto a te devorar inteira... –

Quero amar-te, ó bela flor! Transcender aos versos... à poesia...

És a beleza maior:

A perfeição da forma;

A doçura do ser;

O que há de mais puro e pernicioso;

A personificação do amor, do prazer;

O fim último da nossa existência;

És divinamente humana,

Ó ápice da criação;

Ah...

Quero devorar-te, ó mulher!

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