Marina (2012)

 

De olhos castanhos e cabelos louros,

Envolta num magnífico e feérico luar,

Revela-se, assim, o divino sonho;

Qual uma bella fiore dell´Italia, desabrocha-se à visão.

Não como uma flor de um campo ou jardim qualquer,

Mas uma flor-Marina, nobre e romana

De linhagem operística, do bel canto de Caruso.

Una furtiva lagrima escorre-me pelo rosto,

ao vê-la ali, tão bela, tão ela... ah...

 

Num ato mudo, estendo-lhe a mão...

 

Eu, pobre Pierrot

Que desta fonte não pode beber

Sem todo o encanto temer...

Quem sabe um dia há de aparecer

Alguém que me queira entender...

 

Sonha, Pierrot...

 

“A lua ilumina o teu belo corpo

Que flutua sereno pelo espaço

Um corpo puro, anjo desnudo

Muito delicado e bem traçado...

 

Ao longe vejo-te admirado

Serias tu a minha amada?

Não! não se toca no que é divino

Nem se tem anjo por namorada...”

 

Num instante...

 

A quimera fez-se real, entregue aos meus braços...

num movimento quase mágico...

O tempo para, enquanto os nossos corpos, feito bailarinos,

correm nus ao sereno da madrugada...

Postagens mais visitadas deste blog

caminhos diversos, objetivo comum...

"Feel the Force"!