Um simples poema a uma mulher (2007)
Vem
a onda e traz a concha
Vem
a moça e traz a si
Vai
a onda e leva a concha
Vai
a moça e leva o meu amor.
Volta
a onda e traz o mar
Volta
a moça e nada me traz.
Ó
moça, tu que andas pela praia,
Aqui
estou, não me vês?
O
que sei sobre a moça que anda pela praia?
Apenas
sei que é bonita, que gosta do mar.
Quando
ela passa, fico feliz só por poder vê-la.
Seu
nome, não sei; o que pensa, não sei;
Do
que gosta, não sei; se gosta de mim, não sei.
Será
que devo saber?
Devo
arriscar perder toda a ilusão
E
perguntar se é possível,
Se
é possível que, algum dia, possamos ficar juntos?
E
se ela não me quiser, o que farei?
Só
saberei se tentar,
Ou
será que prefiro viver na eterna dúvida?
Mas,
quando esta moça passa,
Com
os olhos a sigo,
Com
o pensamento a acompanho...
Seu
sorriso é como o luar que cai sobre o breu da noite
Seus
olhos, ah! seus olhos azuis, são lindos,
Lindos
como o pôr-do-sol à beira-mar.
É
tão lindo quando ela sai do mar, com seu corpo molhado,
Seus
olhos brilhando, seus cabelos ao vento,
E
caminha em minha direção...
Ao
vê-la, sinto vontade de abraçá-la,
De
beijá-la, de dizer tudo o que sinto...
Mas
não consigo, não sei me expressar...
Vem
a noite e eu não paro de pensar nela
Vem
o dia e, com ele, o desejo de vê-la
Vai
a noite e tudo continua igual
Vai
o dia e eu nada fiz.
Volto
a pensar se devo tentar
Ou
se devo desistir...
Ó
bela moça, tu que andas por aí,
Não
fujas de mim!
Para Ana R.