A Bailarina (2009)
Parte I
Aproxima-se
o momento!
10...
9...
Suas
mãos transpiram
Suas
pernas cambaleiam,
Seu
coração bate mais forte...
8...
7...
TUM,
TUM, o coração...
6...
5...
Ofegante,
tensa, amedrontada,
mas
confiante; o que mais resta?
Não
há tempo... Não há tempo...
4...
3...
Vem
o delírio, não!
2...
1...
Abrem-se
as cortinas, oh!
Acende-se
a luz-em-foco,
E
eis que surge a bela bailarina.
Parte
II
Como
que por um inexplicável impulso
-- Como aquele que liberta e faz
com
que o “antes-preso” saia da caverna
rumo
à Luz do lado de fora. --,
Sai
a bailar, a dançar...
Num
momento feérico:
Quando
não há o amanhã,
E
o depois, ah! o depois,
é
algo distante, que não vem...
Mostrando
a que veio, sente-se bem.
Mas
o momento é efêmero, ilusório talvez:
Minutos
passam por séculos e séculos em minutos...
Por
fim, tudo volta ao normal;
Porém,
fica a lembrança do que se passou,
Enquanto
um piano,
Sim,
um solitário piano ao canto,
Cadenciava
seus passos, na noite anterior.
Para minha prima Laís.