Coisas do Poeta: A Solidão do Poeta (2010-11)
Um poeta sem musa é como uma árvore no meio do deserto: só e sem razão. Possui folhas frondosas, deliciosos frutos, mas não há ninguém para vê-las ou colhê-los...
Ah... a solidão do
poeta... ela o consome, ela o devora, em especial, nas noites de inverno, quando
este olha para o lado e se vê só... E num violento impulso, o poeta abre a
janela - objeto esse que lhe permite o contato com o mundo exterior - e fita
desesperadamente a lua que brilha; o luar, sempre belo, sempre ali... a
consolar, a lhe dar razão: razão de existir, de ser, ser ele mesmo, poeta... razão
para escrever, para amar... e sair rumo ao grande encontro, como um trovador a
vagar pelos campos, florestas, cidades e países distantes... cantando e
dançando o poeta vai, e vai em busca de sua amada; noite e dia, sol ou chuva,
frio... ele vai, e não desistirá nunca! Pois é isto o que ele é: o eterno
amante da vida e dos caminhos...